
Por entre copos e talheres, pratos e pratinhos há uma caneca!
Para os convidados, que cá vêm, é só uma caneca, mas, para mim, nunca foi, pois, desde o dia em que a vi naquela feira do artesanato, sabia que iria ser especial e tinha de ser minha.
Todas as manhãs bebo nela um café quente e saboroso e cada gole que passa por entre os meus lábios dá-me uma sensação de conforto e aconchego.
Aquela caneca guarda nela não só a capacidade de tornar o café especial como os desabafos das longas noites de conversa com uma manta a aconchegar-me e o meu cão a consolar-me.
Agora, sempre que a uso, o calor da bebida mistura-se com o calor das lembranças e faz-me recordar as noites solitárias, mas reconfortantes, em que me afundava nas almofadas e nos meus pensamentos.
E, assim, a caneca não só é um utensílio, mas sim um pedaço de uma história, pois por muito que o tempo passe, a caneca continuará a aquecer, muito além do meu corpo, a minha alma.
Eva Esteves 9ºH (Professora Paula Lima)
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