
Colónia 375, Marte, 27/04/2098
Querido Diário,
Uma nostalgia enorme tomou conta da minha alma! Hoje faz 68 anos que tivemos de fugir do nosso Planeta natal e não paro de recordar os momentos incríveis que vivi.
A Terra era uma utopia perfeita até nós, humanos, chegarmos.
Começamos a evoluir abruptamente e a poluir a atmosfera, a matar o Planeta. Um dia, a terra começou a sua vingança. Os vulcões começaram a explodir, os rios a encher, a chuva cair forte como nunca, inundando cidades e vilas, devastando campos, deixando-nos com fome e sem alternativa, senão fugir. Embora esta tragédia tenha tomado conta dos nossos corações, continuo com saudades. Tenho saudades da praia, saudades do vento e do mar, saudades de almoçar uma boa francesinha ao som de piadas, na companhia dos meus amigos e da minha família… Que saudades da minha família, dos meus avós, dos meus tios e tias, dos meus pais, do meu irmão e até do meu pássaro. Não paro de pensar nos cozinhados da minha avó e nos passeios no parque com os meus pais.
Mas agora vivo em Marte e não há volta a dar… Até outro dia querido diário!
Pedro Moreira - 8ºA
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